O modelo de marketplace funciona como uma parceria entre uma plataforma e os lojistas.
Os marketplaces são responsáveis por oferecer o ambiente de vendas e garantir a segurança das transações. Além disso, eles investem fortemente em marketing (redes sociais, anúncios em buscadores, envios de e-mail, etc.) para garantir o que os vendedores mais desejam em suas plataformas: tráfego de clientes.
Os lojistas, por sua vez, devem inserir seus produtos na plataforma, com imagens e informações completas, e receber os pedidos dos clientes. Depois que eles fazem uma compra, é o vendedor quem separa o produto no estoque, embala, emite a nota fiscal e faz o envio pela transportadora.
Depois da entrega, o vendedor recebe o valor da venda, já com a comissão da plataforma descontada. Algumas plataformas também podem fazer o envio de pedidos, dependendo da sua estrutura de logística, como o Mercado Livre (com o Mercado Envios) por exemplo.
Se houver qualquer problema no pedido, como trocas e devoluções, é o vendedor que resolve a necessidade do cliente. Porém, como a intermediação da venda é responsabilidade do marketplace, as plataformas costumam mediar esses procedimentos para garantir segurança para a loja e para os clientes.
Os compradores, porém, podem não saber diferenciar quando estão comprando em um marketplace ou em uma loja virtual de uma marca, afinal, muitas plataformas conciliam a venda dos seus produtos, que elas próprias vendem e entregam, com espaços para outros lojistas.
Porém, os consumidores podem identificar quando a venda acontece no modelo de marketplace: as plataformas informam, na página do produto, que aquele item é “vendido e entregue por X”. Assim, é possível saber qual lojista é responsável pela venda e pelo envio daquele produto, trazendo mais transparência para a transação.
Qual o custo para vender em Marketplaces?
O modelo de cobrança mais usado em marketplaces é a comissão sobre as vendas. A plataforma fica com um percentual sobre o que os clientes pagam aos lojistas. O Mercado Livre, por exemplo, cobra comissões que variam entre 11% e 19%, dependendo da categoria do produto e do tipo de anúncio. Algumas plataformas também cobram uma taxa fixa nas vendas, especialmente quando são produtos de menor valor.
Se a concorrência for muito grande, o que geralmente acontece nos marketplaces, talvez você também tenha que investir em publicidade na plataforma. Anúncios com maior destaque nas buscas ou aparecer nas recomendações do marketplace também podem entrar nos seus custos.
Outros modelos também podem ser adotados. Algumas plataformas de marketplace trabalham com mensalidades, por exemplo. Nesse caso, os vendedores ou anunciantes pagam uma assinatura para expor seus produtos e serviços na plataforma.
Panorama dos Marketplaces no Brasil e no mundo
O mercado de marketplaces não para de crescer. Plataformas que surgiram nos últimos anos estão se tornando gigantes da internet, e grandes varejistas estão inserindo esse modelo nos seus negócios.
Os marketplaces já representam quase 80% do faturamento do e-commerce brasileiro, conforme dados da Ebit/Nielsen. Ainda segundo a Ebit/Nielsen, o mercado de marketplaces cresceu 52% enquanto o e-commerce como um todo cresceu 41% como revela o E-commerce Brasil.
Aliás, essa é uma tendência global. Um estudo realizado pela Capgemini mostrou que as pessoas estão se voltando para esse tipo de e-commerce: 74% dos consumidores afirmaram que compraram em marketplaces nos últimos 6 meses, em vez de um varejista individual.
Entre eles, destacam-se as novas gerações: 88% da Geração Z e 81% dos Millennials fizeram compras em marketplaces, mas apenas 60% dos Boomers fizeram isso. Portanto, os consumidores estão adquirindo o hábito de comprar em marketplaces e começam a entender melhor como funciona esse tipo de e-commerce.